domingo, 19 de novembro de 2017
On dit Namastê à son voisin
"That's very good", disse meu professor de ioga, sobre a minha pose do pombo. Depois do mantra Om harmonizar todas as vozes da sala, cumprimentei com Namastê minhas duas vizinhas, sorrimos reciprocamente, e saí na chuva em mais um dia horroroso dessa suposta primavera. Em frente à estação de metrô, uma moça de cabelos azuis, abrindo uma carteira de cigarros, aproximava-se chorando aos soluços do morador de rua que está sempre instalado ali, e que parecia ser seu amigo. No vagão duas crianças asiáticas apontavam e riam de um jovem rapaz que usava batom lilás, vestido preto justo e meias-calça verdes chamativas, e mantinha-se impassível. Ao descer para fazer baldeação, fui abordada por uma moça que tocou meu braço para dizer que "ton manteau est vraiment beau!!" e que ela queria ter um igual, "merci, merci beaucoup", eu respondi, e ela me desejou "bonne soirée". Na minha estação, uma moça que eu nunca tinha visto antes no canto reservado aos músicos tocava um baixo lilás super estiloso, aproximei-me para deixar algumas moedas em sua cestinha, disse "bonsoir", ela respondeu "salut, how are you?", "good, and you?", "good", disse ela em um sorriso agradecido e confiante. Coloquei echarpe, protetor de orelhas, luvas, e saí de novo para andar até em casa na chuva dessa suposta primavera, e coloquei pra tocar a trilha sonora de Glee no meu ipod, porque sim, sou dessas.
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