sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Si jamais tu me demandes jusqu'où je t'aime

Eu, deitada no sofá cama, xícara de chá em mãos, laptop passando um filme. Ela bate na porta, Vim dar boa noite, para logo exclamar Ôoo, tu tá tão bonitinha! em um largo sorriso. É confortável aí? Qual foi o lugar mais confortável em que tu já dormiu? Aninhando-se ao meu lado, Tu se incomoda se eu vir um pouco do filme aqui? Tu comprasse essa xícara? (lá se vai meu filme, mas como posso resistir?) Não, minha amiga me deu. E tu gosta dela? Gosto. E eu tou falando da xícara ou da amiga?

Eu, escovando os dentes. Ela entra, fecha a porta, senta-se para fazer xixi, Taci, quando eu nasci, tu tava no hospital? Tu gostava de mim? Eu era fofinha?

Eu na cozinha. Ela, passando casualmente para a rua, Taci, tu queria ser minha mãe? Queria. Ela pára, surpresa: Sério?

À mesa, para a irmã, Que besteira, não vou poder morar com você. Quando a gente crescer, cada uma vai ter o seu marido.

Entra sorrateiramente no meu quarto, Taci, eu posso te contar o que eu fiz hoje?

Olhando-me bem de perto, com seus olhões, Tu é bonitinha, eu não sei por quê tu não tem namorado.

À mesa, ao ouvir papai pedir para passarem o "advogado" e perceber que nem todo mundo entendeu a piada, Advogado em francês é avocat, que também quer dizer abacate [pausa, silêncio] Eu sei de tudo.

Ela na sua cama agarrada aos seus bichinhos de pelúcia, eu na cama ao lado, Taci... me cobre?

Te amo, corujinha.